O que é Revolução?


Ao estudarmos o conceito de revolução, nos deparamos com uma interessante “crise” onde não conseguimos bem ao certo encontrar um consenso pelo qual possamos dar uma única significação a esse termo. Isso tudo porque as experiências históricas definidas como “revolucionárias”, nem sempre são o reflexo exato de uma concepção previamente estabelecida.
A partir daí nos preocupamos sobre qual tipo de fato histórico pode ser considerado “revolucionário”. O termo revolução, à primeira vista, refere-se a toda e qualquer transformação radical que atinja drasticamente os mais variados aspectos da vida de uma sociedade. Nesse sentido, as mudanças proporcionadas por certo acontecimento deveriam ser julgados como revolucionárias por todo e qualquer estudioso que pesquisasse um mesmo tema.
No entanto, percebemos que as perspectivas históricas nem sempre concordam entre si. Muitos historiadores preocupam-se em refletir, por exemplo, sobre os “limites” de uma determinada revolução. Dessa forma, cria-se uma verdadeira contradição onde não sabemos com absoluta certeza se um fato histórico foi ou não foi revolucionário. Poderíamos assim dizer que, na verdade, não existem revoluções? De acordo com correntes de compreensão marxista, uma revolução só pode ser experimentada quando todos os pontos fundamentais que sustentam o statu quo de uma sociedade invertem-se completamente. Com isso, admiti-se que se as relações de
trabalho, a hierarquia social, as práticas econômicas ou hábitos cotidianos permanecem após uma mudança histórica, exclui-se a possibilidade de uma revolução. Um dos casos mais notórios desse tipo de contradição pode ser observado nas revoluções acontecidas entres os séculos XVII e XVIII. A queda do Antigo Regime favoreceu a ascensão política da burguesia, porém manteve – sob outros parâmetros – a exploração das classes trabalhadoras. Até por isso, muitos historiadores chamam tais transformações de “revoluções burguesas”.
Com essa indefinição, certas correntes históricas só reconhecem uma revolução em concordância com termos bastante definidos. Outras já relativizam o termo, admitindo que seja impossível a deflagração de uma revolução total. A partir dessas diferentes concepções, cria-se um acalorado debate onde se discute a possibilidade de condições históricas que transforme radicalmente uma sociedade ou se toda e qualquer transformação não consegue atingir um patamar revolucionário.
Seria difícil decretar uma resposta final a esse debate sobre as revoluções. No entanto, em nada podemos desmerecer certo tipo de compreensão histórica em detrimento da outra. Enquanto isso, podemos discutir na pluralidade de perspectivas novas compreensões das mais brandas ou mais agitadas experiências históricas. Sejam elas revolucionárias ou não.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/historia/o-que-e-revolucao.htm

Imperialismo e Neocolonialismo



Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à
África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.
Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.
Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a
Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.
Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a
China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China.
Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e
capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.
Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra,
França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à
África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.
Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.
Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a
Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.
Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a
China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China.
Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e
capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.